A ISEPE NÃO PARA: Como lidar com o isolamento social?

A ISEPE NÃO PARA: Como lidar com o isolamento social?

Solidão, baixa produtividade, incontáveis horas dentro de um mesmo espaço e novas informações a todo momento, que não nos deixam respirar — nem a nossos celulares. O isolamento social não é tarefa fácil e há quem se sinta mais afetado por essa situação tão necessária em tempos de pandemia. Algumas práticas, porém, são capazes de atenuar esses sintomas, prejudiciais à saúde da população e que podem acarretar em cenários ainda mais sérios. Estudos apontam até para o possível desenvolvimento de um quadro de estresse pós-traumático causado por esse momento delicado.

 

Assim como já comentamos em artigo anterior, a elaboração de uma rotina é fundamental diante do isolamento social. A recomendação é tão recorrente porque estabelece um vínculo com o cotidiano, com os dias que em breve devem voltar à normalidade. A rotina, quando seguida, também tem aspectos positivos na produtividade. Mesmo em casa, muitas das demandas continuam existindo e estabelecer horários e cronogramas são estímulos para que essas atividades sejam cumpridas. O sentimento de realização, de missão cumprida, também faz a diferença durante o período. Apesar dos horários estipulados, não se esqueça de reservar tempo para si mesmo. Ler um livro interessante, assistir a um filme agradável, ouvir uma música que te anime também devem fazer parte de seu tempo de qualidade.

 

Estabeleça, junto ao seu cronograma, momentos pontuais para acessar notícias e informações. Com uma enxurrada de acontecimentos que mobilizam o mundo, em desdobramentos da epidemia da Covid-19, o excesso de manchetes que ocupam as telas de celulares é motivo de muita preocupação e ansiedade. Filtrar bem as notícias que acessamos, estar atento à veracidade das informações e manter a calma são muito importantes para passar por esse período com tranquilidade mas sem se isolar da realidade.

 

Ainda que desperte a sensação de uma ausência generalizada, o isolamento social não pode ser um obstáculo para o diálogo. Diante do silêncio que se instaura com esse novo panorama, estabelecer uma boa comunicação consigo e com outras pessoas, tem um papel significativo no processo. O sentimento de desamparo pode ser intenso nesses dias e, por isso, algumas iniciativas já surgem para auxiliar quem está sendo mais afetado pelo isolamento social. Psicólogos do site A Chave da Questão, por exemplo, oferecem atendimento psicológico virtual e gratuito para quem busca ajuda. Encontrar maneiras inovadoras de se conectar à família e amigos também faz parte das sugestões para tornar o período de afastamento menos amargo. Teleconferências, jogos virtuais e passatempos em conjunto amenizam a distância e fortalecem laços afetivos.

 

Também é preciso se ater a cuidados com a alimentação na quarentena. Durante o período, as emoções tendem a se intensificar. Ansiedade, frustração e até mesmo o tédio podem despertar uma alimentação compulsiva, como mecanismo para lidar com esses sentimentos. Mas a comida não é apenas ameaça. Uma dieta adequada contribui (e muito) para lidar com o período. Esses benefícios colaboram não apenas com o psicológico, como fortalece o sistema imunológico, aspecto importante nestes dias. Por isso, faça refeições regularmente, com alimentos que atendam às necessidades do seu corpo, lhe proporcionando mais energia, satisfação e entusiasmo para encarar os dias.

 

Aproveite o momento para realizar novas atividades. Com um tempinho a mais para ficar em casa, aquele projeto que jamais saiu do papel finalmente pode ganhar vida. Um papel em branco à espera de novos traços, uma nova língua a ser aprendida, um novo livro a ser lido, o momento é ensejo para novos começos. Já listamos por aqui uma série de cursos, visitas virtuais e livros gratuitos disponibilizados por diversos sites, para aliviar a quarentena.

 

Mas, tão importante quanto os cuidados pessoais neste período, é olhar para o próximo. Com uma série de medidas restritivas e mudanças abruptas em nosso cotidiano, todos vivem uma realidade atípica e delicada. Não hesite em oferecer ajuda e amparo. Esteja presente, independentemente da distância. Se possível, auxilie pessoas do grupo de risco com tarefas diárias — como ir ao mercado e fazer a limpeza dos objetos que chegam da rua —, doações e outros gestos de solidariedade. Não se esqueça, o próprio isolamento social é uma importante demonstração de carinho neste momento. Fique em casa.

 

 

Referências e fontes:

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