Emocional na quarentena, por Danielle Moro

Emocional na quarentena, por Danielle Moro

Sou psicóloga na faculdade do Litoral Paranaene – ISEPE e do Instituto de Educação Superior de Guaratuba, e vou comentar um pouquinho sobre a COVID 19 e seu impacto em nossa rotina, em nossa saúde mental e como podemos nos manter bem com essa situação global.  

A palavra Pandemia é de origem grega (Pan = tudo /todos e Demos = povo), então é uma doença que se espalha por uma grande área geográfica atingindo pessoas e neste momento estamos realmente vivendo uma Pandemia.

  

E com isso...

As mudanças em nossas rotinas são imperiosas e muito nos afetam, pois estamos em isolamento social. Muitos trabalhando em casa, outros sendo dispensados de seus empregos, muitos não podem usufruir do direito de ir e vir. Estamos também nos contaminando com uma diversidade de informações tensas, intensas e algumas falsas sobre a própria doença, sobre ações governamentais e os “achismos” das pessoas. Enfim, informações que não são claras, não são precisas e nos confundem, nos estressam e nos fazem sofrer. Esse sofrimento surge pois nos sentimos inseguros, receosos, com medo do que “ainda pode estar por vir”. Muitas vezes não sabemos nem o que pensar, entramos em confusão mental e, desta forma, nos aproximamos cada vez mais uns dos outros pela dor, pela angústia, pelo sofrimento.

Bem, estar ansioso neste momento é normal e faz parte de nossa vivência, mas é imprescindível estarmos atentos à intensidade dos sintomas de ansiedade, pois podemos desenvolver transtornos mentais e/ou intensificar o transtorno pré-existente. Sendo assim, comprometemos nossa imunidade e estaremos desencadeando outros processos de doenças e nos tornando ainda mais acessíveis ao novo coronavírus e a outras doenças infecciosas.

Geralmente após algum tipo de epidemia, de isolamento social obrigatório, as consequências são graves e podem acometer qualquer pessoa, em qualquer idade, podendo apresentar quadros de Estresse pós-traumático; Depressão; Ansiedade e Síndrome do Pânico ou ainda exacerbar os sintomas já existentes.

 

Então...

 O que podemos fazer para manter nossa mente saudável, nossas atitudes coerentes e benéficas para nós e para os outros? Aí vão algumas sugestões:

  • Como não podemos ficar alheios e sermos enganados, é importante sabermos onde buscar informações sérias e precisas, pois o conhecimento nos traz segurança, e nada é mais importante do que estarmos em contexto seguro.
  • Manter a rotina de obrigações como trabalhar, estudar, nos alimentar adequadamente, dormir com qualidade, nos higienizar, da mesma forma que fazíamos. A organização é saudável e ainda podemos adaptar à rotina outras novas tarefas de lazer, como leituras e exercícios físicos (dança, Ioga, pular corda e outros). Por exemplo, os acadêmicos, podem continuar a estudar, se utilizando da rotina que tinham, utilizando o período noturno para estudar os conteúdos como se estivessem em sala de aula, das 19h às 22h. Mas para que consigam, é necessário DISCIPLINA consigo mesmo e fazer bom uso do tempo livre, com atividades agradáveis.
  • Procure se sentir útil: ajudar em tarefas domésticas, limpezas, brincadeiras com os mais jovens, conversar e participar de projetos de solidariedade.
  • Modificar o pensamento: neste momento a tendência é termos pensamentos pessimistas e negativos. Então se faz necessário a modificação cognitiva, ou seja, substituir esses pensamentos por outros que são positivos, onde você conversa consigo mesmo e vai dizer “ não preciso me apavorar pois estou tomando todos os cuidados necessários (higienização física e mental; respeito às regras sociais estabelecidas), então não preciso ter medo, tudo vai dar certo”.
  • Realizar exercícios de relaxamento: exercícios de respiração em momentos de crises de ansiedade (inspirar pelo nariz bem devagar e profundamente, com a boca fechada, deixando a caixa torácica cheia e segurar o ar por 5 segundos. Depois soltar pelo nariz bem devagar e repetir de 3 a 5 vezes); manter-se centrado nas suas tarefas, prestando atenção nas suas sensações ao saborear um alimento, ao ouvir uma música. Aprendemos através dos cinco sentidos, então vamos valorizar nossas sensações e percepções.
  • Procure deixar o ambiente confortável, arejado e limpo para você e para os outros.
  • Ter responsabilidade quanto às suas verbalizações, tomar cuidado para não estressar as pessoas que estão à sua volta e as que estão isoladas com você no mesmo local. Ter paciência e respeitar a opinião do outro, qualquer situação de desavença é indicativo de perigo para a saúde mental e propulsor de desequilíbrio.

Ao precisar de auxílio, entre em contato comigo no (41) 99942-0410 (WhatsApp).

               

Grata, Danielle Cristine Vera Marques Moro.

 

 

 

 

 

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