Aulas virtualizadas: Professores destacam a inovação como ferramenta primordial para os estudos

Aulas virtualizadas: Professores destacam a inovação como ferramenta primordial para os estudos

A educação nunca foi tão inovadora como nos últimos meses. Novos formatos e abordagens para o ensino se desenvolveram em tempo recorde para atender às demandas que as medidas de distanciamento social aplicaram em todo o mundo. “Nós estamos nos reinventando”, comenta Cristina Malaski Almendanha, professora do curso de Direito na Faculdade ISEPE.

 

De fato, as aulas virtualizadas são marcadas por um processo de constante renovação das práticas de ensino e engajamento por parte dos alunos e professores. Com criatividade, empenho e capacitação, o conhecimento se constrói em novos formatos, antes pouco utilizados em sala de aula. As novidades contribuem não apenas para a continuidade dos projetos pedagógicos mas também como uma forma de avaliar metodologias e práticas educacionais.

 

Apesar da brusca ruptura com tradição da sala de aula, os educadores compreendem o momento como propício à consolidação de uma nova formatação do ensino. O coordenador do curso de Administração da ISEPE, Fabiano Arruda, observa que a situação inesperada provocou posturas originais para superar a distância. “Eu vejo com bons olhos essa percepção de podermos utilizar várias ferramentas para poder disseminar o ensino e ter uma interação com os alunos”. Em nosso podcast, Arruda ilustra um pouco dessas abordagens em suas aulas.

 

 

 

“Tem sido um grande desafio para todos os profissionais da educação, porque ninguém esperava por essa pandemia e a velocidade com que as adaptações devem ocorrer. É um momento de grande desafio mas também de grandes oportunidades. As pessoas estão buscando alternativas para dar continuidade aos estudos e isso é o mais importante”, avalia o professor Francisco Xavier.

 

Mas se por um lado as medidas cooperam para que as aulas continuem, por outro a tecnologia adotada aparece como mais um passo para a aproximação dos alunos com novas realidades profissionais que devem ganhar força nos próximos anos. Em um mundo que se atualiza constantemente, as tecnologias de ensino são empregadas como uma ponte entre a vivência acadêmica e a realidade profissional que os aguarda. “É de suma importância que os alunos tenham esse contato e que isso, posteriormente, gere autonomia neles para que possam saber lidar com essas ferramentas, tendo em vista que o mercado de trabalho exige isso”, comenta Arruda.

 

Esse processo se estende aos demais cursos da Instituição, que buscam criar uma correspondência entre a graduação e a realidade de suas profissões, como analisa a professora Almendanha: “No âmbito do direito, por exemplo, é tudo digital. As audiências, muitas delas, são feitas por videoconferências. Então, nós estamos no processo, em um ambiente quase que totalmente virtual. Caminhamos para isso. E dentro do curso de Direito isso também tem sido relevante. Nós entendemos que se o processo é eletrônico, se a nossa vida profissional caminha para uma virtualização, o ensino também pode acompanhar essa dinâmica. Essa metodologia que nós implantamos aqui na ISEPE, de virtualizar as aulas, tem sido muito produtiva”.

 

 Professor Francisco Xavier ministrando aula virtualizada para alunos do curso de Administração

 

Distantes, não. Conectados

Com a implementação das aulas virtualizadas, a impressão de um certo afastamento dos conteúdos ministrados podem levar o aluno a desanimar dos estudos. Mas essa percepção não condiz realmente com o panorama do ensino por meios digitais. Como explica o professor Foed Smaka, o distanciamento não se desenvolve como uma limitação para o ensino, mas apresenta diferentes condições para seu pleno funcionamento.

 

Um desses aspectos é uma maior confiança para com os alunos, que agora são responsáveis por acessar conteúdos e cumprirem com os horários das aulas — que diga-se de passagem, permanecem os mesmos do período presencial.O que vai definir o sucesso do aluno é o seu própiro e o seu próprio comprometimento com isso. Porque diferentemente da sala de aula, onde o professor está ali para chamar sua atenção e tratar do assunto, nas aulas virtualizadas, não estamos no mesmo ambiente físico”, comenta.

 

Embora as aulas virtualizadas possam sugerir um obstáculo na comunicação entre acadêmicos e professores, a dinâmica apresenta-se, justamente, na contramão dessa ideia. Alunos já reconheceram o êxito das plataformas em estabelecer o diálogo. Smaka entende que “há uma individualização maior no que concerne ao atendimento do aluno”, e que sem dúvidas, a disponibilidade tanto de conteúdo como do professor, aumentou.

 

A professora Cristina Almedanha reforça que as atividades continuam sendo realizadas e a interação permanece viva e dinâmica, com o auxílio das novas ferramentas tecnológicas. “Nós não estamos presencialmente juntos mas estamos virtualmente conectados. O professor está em sua casa, gravando suas aulas, transmitindo a informação do conteúdo e os alunos estão recepcionando isso em suas casas também. Não há o contato físico, mas o contato virtual é bastante produtivo.”

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