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Veja como foi o segundo webinar da ISEPE

Na semana passada, a Faculdade ISEPE promoveu o Webinar “Abuso sexual infantil: uma abordagem conceitual e jurídica”. Este foi o segundo evento completamente online realizado pela instituição. No primeiro semestre, a VI Semana Socioambiental inaugurou esse novo jeito de reuni a comunidade para temas relevantes. Dessa vez, a videoconferência aconteceu simultaneamente ao primeiro dia da programação das quartas-feiras artístico-culturais de agosto.

 

Acadêmicos dos cursos de Direito e Pedagogia puderam aprofundar importantes conhecimentos sobre um tema que muitas vezes é pouco abordado mas muito necessário. Com a mediação de Luiz Michaliszyn, diretor da Instituição, e do coordenador do curso de Direito, Luciano Raiter, a conferência recebeu as convidadas Ariane Fernandes de Oliveira e Simone Wachter Muller Montoro, para discutirem os diferentes aspectos que fazem parte do tema.

 

Apresentando dados, explicando conceitos e respondendo perguntas enviadas no chat, o encontro reforçou a importância em saber identificar casos de abuso e denunciá-los. Oliveira, egressa do curso de Direito da Faculdade ISEPE, destaca que alguns comportamentos podem facilitar na identificação dessas vítimas no contexto educacional. Além disso, a penalização do crime e os tratamentos possíveis também foram abordados ao longo do debate. Ela enfatiza a importância do evento como uma capacitação necessária aos futuros educadores, como também aos acadêmicos que, futuramente, atuarão no campo jurídico.

 

Para Muller, é preciso ter cautela ao identificar casos de abuso sexual infantil e passar por uma capacitação que prepare profissionais para essa atividade é fundamental. Segundo a psicóloga, esse olhar atento deve ser amplo e capaz de reconhecer diferentes formas de violência que uma criança pode ser alvo.

 

Ainda na esfera educacional, Michaliszyn citou iniciativas que contribuem para a conscientização e acolhimento para as crianças. “O profissional da educação tem uma característica muito peculiar que é compreender as mudanças do comportamento humano”, comenta. A atuação do educador, portanto, pode ser definitiva para que casos sejam identificados e medidas sejam tomadas.

 

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), por exemplo, propõe que propostas pedagógicas incluam o incentivo à diversidade nas escolas. Para as palestrantes, ações como essa são muito importantes para combater o problema. “Quando tratamos de diversidade, a gente consegue ter muito mais comunicação”, avalia Muller. A partir da comunicação é possível reconhecer e acessar vítimas que têm medo de falar.

 

Com números incertos, por conta da dificuldade em denunciar, Oliveira acredita que há mais casos no país do que constam em dados oficiais. A denúncia é muito importante para podermos cuidar da integridade física e psicológica de nossas crianças e adolescentes, como também para darmos continuidade ao registro”, explica.

 

Promover informação e estar atento aos sinais é crucial para a redução de casos de abuso sexual infantil. A ferramenta para tal é uma só: a denúncia. “Onde há fumaça, há fogo”, ilustra Raiter. “É melhor investigar o fogo do que fingir que ele não existe”, complementa Muller.

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